Crônica do jornalista Marcos San Juan
Esmeraldas, cidade de pessoas simples e maravilhosas, cidade de lindas fazendas, sítios e condomínios de alto padrão. Possui em suas raízes uma riqueza cultural inigualável, cheia de encanto, esmeraldas das letras e músicas e muitas artes somos privilegiados em ter nossa Academia de letras e arte (AELA) a qual tenho um apreço especial.
Falando assim, parece uma cidade perfeita, mas infelizmente não é, quando paramos para olhar profundamente, podemos enxergar o que está além do que foi citado acima, percebemos uma realidade dura que quero descrever não só com um olhar jornalístico, mas como também, de um cidadão que vive a realidade dos esmeraldenses no dia a dia.
Pegando os ônibus lotados, sucateados, sem o mínimo de respeito com o cidadão que depende desse meio de locomoção, as ruas de terra esburacadas que não permite a passagem de veículos e pedestres, e muitas vezes os atendimentos básicos, coleta de lixo, ambulância, correios, etc.
Lotes sem fiscalização, iluminação precária, mesmo com os ajustes, algumas trocas, mas ainda tem muito o que melhorar e sem falar dos problemas crônicos dos serviços de abastecimento de água (Copasa), que presta um serviço péssimo, chegando a deixar bairros por 10 à 20 dias sem água, vergonhoso não é mesmo? E não se preocupam em dar informações sobre o real motivo dá falta de abastecimento. Outro agravante é que até hoje não temos a rede de esgoto e nem sinal de um plano para ser implantado no município.
Cemig também deixa muito a desejar, não fornecendo um serviço de qualidade, picos de luz constante, comunidades rurais que (ficaram) algum tempo atrás, 5 dias sem energia e até hoje ninguém sabe o motivo.
Lendo até aqui você deve estar se perguntando… e o poder público da cidade que deveria olhar tudo isso? Pois é, caro leitor, quero contar agora, como é o funcionamento do Executivo e Legislativo da cidade. Primeiro, são 11 vereadores, sendo 6 de “oposição” e 5 de base do Executivo, é visível o que ocorre internamente, entre a oposição e base do executivo, um verdadeiro cabo de guerra.
Você acredita que temos vereadores com anos de mandato sem projetos relevantes para a cidade , já outros até estão tentando, mas sem muito sucesso, por esse motivo que estamos com muitas demandas. Só para ter uma ideia, até hoje não temos um plano direto, definido, nosso código de postura que rege a cidade, é do ano 79 e não vemos nenhuma movimentação para acelerar esses processos de mudança e progresso para o município.
O Executivo é muito precário, não há uma administração eficiente pelo gestor atual, ele não apresenta planos que possa resolver esses problemas da cidade, só fica escondido, não aparece e não se dá o trabalho de nos deixarmos informados sobre suas ações e de resolução das demandas. Ou será, que são aqueles que o representam que são imperitos, inábeis, incapazes?
Nós da imprensa, sempre solicitamos respostas concretas e efetivas das denúncias e cobranças da população, essas reclamações chegam até nós e cabe repassarmos para quem de fato deve ouvir, mas a comunicação entre esses órgãos é quase inexistente, muita incompetência para uma responsabilidade tão grande.
Quero terminar essa Crônica, dizendo que nunca será vergonhoso pedir ajuda, quando não sabemos fazer, é vergonha, de fato, saber que não tem capacidade e continuar com um serviço ruim que prejudique toda uma cidade.
Sei que posso ser criticado, mas alguém tem que falar alguma coisa para mudar essa situação. Amo Esmeraldas e sei do potencial que a cidade tem e torço para que esse texto possa trazer de fato uma reflexão para uma mudança na postura dos nossos governantes e que não veja essa crônica como uma afronta, mas que ao ler eles se motivem para colocarem em prática ações concretas para melhorias para a cidade e para toda população.
Jornalista Marcos San Juan
CEO do @jornaldigitalesmeraldas Esmeraldas/MG
A realidade dessa cidade é muito crítica, as pessoas como eu que vier pra cá achando que iria ter uma qualidade de vida melhor se decepcionou e estão indo embora , também assim como eu não aguentei tanto abandono e estou indo embora dessa cidade provinciana ,onde os interesses dos ricos são em manter a tranquilidade dos seus sítios e fazenda não sendo de interesse a evolução.