Imagens de uma câmera de segurança mostram que uma professora da Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona Oeste de São Paulo, impediu que o autor do ataque à faca, que matou ao menos uma pessoa e feriu outras 5, cometesse um crime ainda mais violento.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado paulista, Guilherme Derrite, uma das educadoras mobilizou o agressor, o que fez com que a arma branca fosse retirada dele. “Se não fosse essa ação, a tragédia teria sido maior”, disse o secretário em entrevistas aos jornalistas no local.
O secretário de Educação, Renato Feder, também destacou o ato heroico da professora. “Conseguimos uma heroína hoje, a professora Cíntia. Não tivemos nenhuma criança com ferimentos graves. Toda a escola está muito triste, é difícil saber o que aconteceu e as motivações”, afirmou. Ele ainda disse que a instituição de ensino era atendida por uma ronda escolar, que agiu rapidamente e apreendeu o aluno. O agressor foi transferido para a escola no dia 15 de março.
“Nesse período de permanência, a diretora não recebeu nenhum aviso e nem [teve] ciência de nada que chamasse atenção. A escola foi pega desprevenida. A polícia vem fazendo bom trabalho próximo à escola”, disse Feder.
Uma professora da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Sul de São Paulo, imobilizou o estudante que atacou educadores e alunos na sala de aula na manhã desta segunda-feira, 27 de março e outra o desarmou.
Câmeras de segurança da unidade registraram o momento em que ela contém o agressor para salvar outra vítima, segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o ato evitou uma tragédia maior.
Entenda o que aconteceu
- Ataque ocorreu na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Sul da capital, na manhã desta segunda-feira, 27 de março;
- Um estudante de 13 anos, do 8º ano, esfaqueou quatro professoras e um aluno dentro da escola;
- Enquanto ele atacava uma das vítimas, Cinthia, uma professora de educação física, conseguiu imobilizá-lo, e outra professora, Sandra, o desarmou;
- Logo depois chegaram agentes da Ronda Escolar, e o aluno foi encaminhado a uma delegacia
- As cinco vítimas foram socorridas e levadas a hospitais da região;
- A professora de ciências Elisabete Tenreiro, de 71 anos, levou cinco facadas. Ela teve uma parada cardíaca após ser atacada e não sobreviveu;
- Ao ficarem sabendo do ataque, pais se dirigiram à escola, para retirar os filhos.
Quatro professoras e um aluno foram esfaqueados manhã desta segunda-feira, 27 de março, dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, segundo o governo de São Paulo. Uma das professoras morreu.
Elisabete Tenreiro, 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP. Inicialmente, a polícia havia informado que dois alunos tinham sido atingidos. Um deles, porém, foi socorrido em estado de choque, mas sem ferimentos. A outra criança ferida sofreu um corte no braço e foi levada a um hospital da região. Segundo a mãe de outro aluno, ele tentou salvar uma das professoras e ficou ferido superficialmente.
Uma das professoras foi levada para o Hospital das Clínicas e o outra para o Hospital Bandeirantes.
O secretário estadual da Educação, Renato Feder, disse que o agressor tinha pedido transferência e estudava na unidade desde o começo deste ano.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que cumpre agenda fora do país, lamentou por meio das redes sociais “Não tenho palavras para expressar a minha tristeza”, escreveu ele. O estado de São Paulo decretou luto de três dias pela morte da professora. O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também lamentou o ataque. “Uma tragédia que nos deixa sem palavras”, disse.
De acordo com a Polícia Militar, o agressor, um aluno do oitavo ano, foi contido pelos policiais e levado para o 34° DP, onde o caso está sendo registrado.
Fonte: O Tempo
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