Lidiane San Juan
Com a chegada de maio, a cor laranja ganha destaque em campanhas, instituições, blitz educativas e redes sociais, mais do que um símbolo, ela representa um alerta, é tempo de unir forças contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. O Maio Laranja mobiliza a sociedade em torno de um dos temas mais urgentes e delicados da infância, a violação de direitos que, muitas vezes, acontece no silêncio e dentro do próprio lar.
Criada pela Lei Federal n.º 9.970/2000, a campanha tem como marco o dia 18 de maio, data que relembra um crime brutal ocorrido em 1973, desde então, o mês se tornou um espaço de conscientização e luta por justiça, prevenção e acolhimento.
Compreendo a importância de olhar com sensibilidade e responsabilidade para esse tema, sabemos que o medo, a culpa e a vergonha muitas vezes impedem as vítimas de denunciar, é nesse contexto que a escuta ativa, a informação e o acolhimento se tornam ferramentas poderosas. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), nos primeiros quatro meses de 2023, o Disque 100 registrou mais de 17,5 mil violações sexuais contra crianças e adolescente, representando um aumento de 68% em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, a subnotificação ainda é um obstáculo grave, já que muitos casos permanecem ocultos.
A prevenção começa na educação, dialogar sobre o corpo, os sentimentos e os direitos das crianças é essencial para protegê-las, escolas, famílias e profissionais precisam assumir esse papel de escuta e orientação. Maio Laranja não é apenas uma campanha, é um compromisso ético e social, precisamos, enquanto sociedade, garantir que nenhuma criança ou adolescente seja silenciado pela dor. Denuncie: Disque 100. Proteger é um ato de amor e justiça.
Por: Lidiane San Juan
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