Giselle Costa – Terapeuta Sistêmica
‘Ainda Estou Aqui’, uma história de coragem e resiliência. O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, conquistou o mundo em 2025. Aclamado internacionalmente, recebeu indicações ao Oscar de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Fernanda Torres, marcando um momento histórico para o cinema brasileiro. Baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, o longa narra a luta de sua mãe, Eunice Paiva, durante a ditadura militar no Brasil.
A Força das Mulheres e a Visão Sistêmica
A história de Eunice Paiva é um exemplo poderoso da resiliência feminina. Por meio de uma abordagem sistêmica, o filme revela como as mulheres carregam em si a força de gerações que enfrentaram adversidades, traumas e sistemas opressivos. Eunice não apenas superou a dor da perda do marido, mas transformou essa experiência em luta e busca por justiça, honrando sua história familiar e impactando profundamente a sociedade.
A visão sistêmica mostra que a resiliência das mulheres vai além do individual. Ela é coletiva, conectada às raízes familiares e à coragem herdada de antepassadas que enfrentaram desafios semelhantes. Eunice representa todas aquelas que, mesmo em meio à repressão, lutaram pela democracia, pelos direitos humanos e por um futuro melhor para as próximas gerações.
Um Legado de Coragem e Inspiração.
Vinte e seis anos após a vitória de Fernanda Montenegro no Oscar por Central do Brasil, sua filha, Fernanda Torres, segue o legado com uma indicação à estatueta mais cobiçada do cinema. Essa conquista simboliza não apenas o reconhecimento artístico, mas também a força de gerações de mulheres que transformaram dor em propósito e desafios em mudança.
Ainda Estou Aqui transcende o cinema, destacando que a coragem e a resiliência das mulheres são forças capazes de transformar não apenas suas histórias individuais, mas também a de um país inteiro.
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