Janaína Fonseca – Jornalista e esteticista
O mundo tem visto um aumento nos procedimentos estéticos nos últimos anos, com muitos casos de pessoas que exageram na busca por um rosto perfeito, acabando com faces bizarras. Preenchimentos desnecessários, pele extremamente repuxada e rostos sem expressão são alguns exemplos. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o Brasil lidera os procedimentos estéticos em todo o mundo. Um estudo de 2018 mostra que o país realizou mais de 1 milhão de cirurgias plásticas e 969 mil procedimentos estéticos não cirúrgicos.
Entre os procedimentos mais populares estão o preenchimento com ácido hialurônico, botox, fios de PDO, fios de tração e várias tecnologias, como ultrassom microfocado, laser fotona e HiFu, que atuam nas camadas mais profundas da pele. O uso cuidadoso desses procedimentos pode ser benéfico para a pele, estimulando a produção de colágeno e elastina, proteínas essenciais para manter a vitalidade, elasticidade e jovialidade da pele. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) informa que mais de 1,5 milhão de procedimentos estéticos são realizados no país todos os anos.
Entre os procedimentos mais procurados estão o preenchimento labial, rinomodelação (cirurgia no nariz), preenchimento de mandíbula, têmporas, malar, olheiras e sulco nasogeniano (bigode chinês), que são considerados procedimentos estéticos não cirúrgicos. É possível aumentar um pouco os lábios para destacá-los mais e deixá-los mais hidratados com a injeção de ácido hialurônico, sem acabar com a temida “boca de bico de pato”. Da mesma forma, o preenchimento pode amenizar as olheiras, que podem dar um aspecto de cansaço no rosto de quem as tem muito profundas. Os fios de tração levantam as bochechas, amenizando as rugas e levantando o rosto literalmente.
Sem contar com os procedimentos que diminuem a papada, tão detestada principalmente pelas mulheres. Mas, para quem não é muito adepto de intervenções mais invasivas, a estética e a cosmética possuem várias formas de melhorar a saúde e aparência da pele, mantendo seu aspecto natural. Atualmente, há muitos dermocosméticos que atuam na estrutura da derme, deixando-a mais firme, retardando o envelhecimento e clareando manchas. Produtos com ácido hialurônico, vitamina E, retinol, niacinamida, Dmae, vitamina C, dentre outros, conseguem resultados fantásticos, mas que levam um tempo maior para aparecer. E é justamente por causa dessa “demora” que muitas vezes não são devidamente valorizados. O desejo de melhorar a aparência de forma quase imediata leva muitas mulheres e homens à sala de cirurgia. Um dos grandes fenômenos do momento, que está sendo considerado o futuro da estética, são os bioestimuladores de colágeno. Eles podem ser feitos de forma superficial, apenas com o uso tópico dos ativos, potencializados pelo microagulhamento ou pela injeção desses produtos com agulhas bem finas, ou com uma caneta que funciona por pressão – a intradermoterapia pressurizada. O grande diferencial desse procedimento é que ele estimula as células a voltarem a produzir mais colágeno, ou seja, é mais sustentável e pode gerar um efeito que vai durar muito mais tempo. Hoje, há uma discussão de que a febre dos injetáveis possa deixar o organismo preguiçoso, levando-o a parar, precocemente, de produzir colágeno e elastina, por exemplo. Mas, lembre-se, para fazer qualquer um desses procedimentos, mesmo os menos invasivos, é preciso procurar um profissional qualificado, que tenha capacitação nesse tipo de terapia, para evitar intercorrências. Um microagulhamento feito indevidamente, por exemplo, pode deixar a pele hiperpigmentada, com manchas difíceis de serem clareadas, ou provocar até infecções.
Seja qual for o procedimento que você escolher fazer, pesquise bastante antes, procure um profissional qualificado e siga as orientações de cuidado em casa. Além disso, realizar o skincare básico, com limpeza, hidratação e fotoproteção, é a premissa básica para uma pele saudável e bonita. Cuide-se! Até a próxima!
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