Janaína Fonseca – Jornalista e esteticista.

A temporada do sol, praia, piscina e bronzeado se foi! Agora estamos no outono e, com a estação dos ventos, queda das folhas e temperaturas mais baixas (o que ainda não sentimos) começa também a temporada mais propícia a tratamentos faciais. E por que isso? 

No outono e inverno nos expomos menos ao sol de forma intensa: dificilmente frequentamos piscinas, praia, cachoeiras com muita frequência. O sol também é mais brando, o que favorece as intervenções faciais, principalmente os tratamentos para o melasma, como os peelings.

E por falar em melasma, ele é uma herança ingrata do verão. As manchas amarronzadas no rosto não são provocadas apenas pelo sol, mas o Astro-Rei é um dos principais gatilhos para os melanócitos despejarem na epiderme os melanócitos – que são nossas células de defesa repletas de pigmentos.

 

Essas células, que lembram um polvo, cheio de tentáculos, são acionadas sempre que o organismo se sente agredido. Seja pelo sol em excesso, por altas temperaturas de forno, fogão, secadores de cabelo e chapinha, desordem hormonal, dentre outros.

Portanto, quem está com as bochechas, testa e nariz com manchas – áreas mais suscetíveis à hipercromia – já pode começar a se cuidar. Lembrando que o melasma não tem cura: uma vez formado, não tem – AINDA – como acabar com ele. O que conseguimos é clarear e prevenir o agravamento do quadro.

Mas, atenção! Não entregue sua pele a qualquer pessoa, ou técnica, que não tenha capacitação para tratá-la. Antes do tratamento, é preciso fazer uma análise cuidadosa de como está essa pele – desidratada, ressecada, glicada – e diagnosticar o melasma – profundidade, extensão, intensidade. Um procedimento mal feito pode piorar a situação.

Mas, em casa, você pode adotar alguns cuidados que vão ajudar muito antes, durante e depois do tratamento. Então, vamos a eles:

– Beba muita água, pois ela é fundamental para hidratar a pele de dentro para fora.

– Faça um skincare (cuidado com a pele em casa) que siga pelo menos esses passos:

1 – Higienizar com um sabonete indicado para seu tipo de pele (seca, mista ou oleosa)

2 – Tonificar para equilibrar o pH da pele

3 – Hidratar

4 – Proteger com protetor solar

– O protetor solar pode ser com ou sem cor. Em forma de gel, para peles oleosas, e em creme para peles secas ou mistas. O ideal é que o fator de proteção (FPS) seja pelo menos 50. E não se esqueça de retocar a cada 3 horas.

– Um cuidado adicional e que dá muito resultado na “guerra” contra o melasma é o uso da vitamina C. Ideal que esteja sob a forma de sérum e com concentração mínima de 10%. Abaixo disso não fará diferença.

Muitas pessoas me perguntam se o protetor solar com cor é mais eficaz contra o melasma do que o incolor. E a resposta é sim. Ele forma uma barreira maior de proteção na pele, além de ter um efeito semelhante do da base.

E um alerta: não é porque está nublado ou que você fica dentro do escritório, casa ou em lugares fechados o dia inteiro que não há risco de manchar a pele.

Apesar das nuvens, os raios ultravioleta continuam incidindo e agindo. Em locais fechados, cuidado com as lâmpadas fluorescentes e com a luz do computador – chamadas luz invisível. Elas “queimam” a pele tanto quanto o sol, provocando as temidas manchas amarronzadas.

Seguindo esses passos, você já consegue prevenir o agravamento ou a formação de mais hipercromias no seu rosto. E procure um bom profissional da estética para te ajudar nessa luta. Há muitas técnicas eficientes contra o melasma, como peelings e laser e dermocosméticos que serão seus importantes aliados.

Mas, acima de tudo, cuide da alimentação, da hidratação e prevenção básica. Você só terá a ganhar com isso!

Beijo e até a próxima!