Janaína Fonseca – Jornalista e esteticista.
Apesar de sempre dizer que todos os dias são nossos, o dia 8 de março foi definido para marcar a luta pelos direitos de todas nós! E essa data está cada dia mais atual, em função do momento vivido pelas mulheres.
Violência crescente, feminicídio em alta, vida acelerada e cheia de responsabilidades e tarefas. Cada vez mais as mulheres se tornam responsáveis financeiras pelos lares. Sem contar a responsabilidade emocional – com os filhos, mãe, irmãos, avós e, às vezes, dos próprios companheiros. Temos cada vez mais vestido o uniforme e assumido o papel da “Mulher Maravilha”.
Mas, e quem cuida de nós? Como passar por tudo isso mantendo a saúde física e emocional? Não é uma tarefa fácil!
Mas, que tal tirarmos o uniforme de heroína e assumirmos a nossa roupagem de seres humanos que têm limites, altos e baixos também físicos e emocionais, fragilidades, desejos, necessidades e sonhos? Muitas têm deixado de lado seus anseios. E isso não é saudável!
Segundo a chefe de psicologia do HCor – Hospital do Coração São Paulo, Silvia Cury, fatores como a dupla jornada de trabalho predispõem grande parte da parcela feminina da população a apresentar desequilíbrio hormonal e níveis mais altos de tensão e ansiedade. Consequentemente, as mulheres podem apresentar falta de apetite sexual, menstruação desregulada, acne, perda de cabelo, má digestão, depressão, insônia, ganho de peso, diminuição da fertilidade, além de ficarem mais suscetíveis que os homens a problemas cardíacos devido ao estresse.
Tudo isso reflete diretamente em outro dado assustador. Mais de 8,5 milhões de mulheres morrem por ano, sendo 23 mil por dia, por causas cardiovasculares. Estima-se que no Brasil a cada 12 minutos, duas mulheres morram em decorrência de cardiopatias.
Portanto, não adianta querer carregar o mundo em suas costas, pois todos temos limites, nosso corpo tem limites, nossa mente tem limites! O que mais tenho ouvido de especialistas é que nós, mulheres, precisamos nos colocar como prioridade. O foco de atenção não deve ser nossos filhos, casa, trabalho, maridos. Deve ser nós mesmas.
E isso não é ser egoísta! Isso é auto-amor, autocuidado. Precisamos estar bem para cuidarmos dos filhos. Precisamos estar saudáveis para trabalhar. Portanto, nesse mês da mulher que começa, te convido a se olhar, a se cuidar, a ouvir o que seu corpo e sua mente pedem.
Exercite seu corpo – mesmo que seja uma caminhada de 20, 30 minutos por dia. Se alimente adequadamente e lembre que os alimentos são para te nutrir, não escamotear tristezas, frustrações, ansiedades e insatisfações. Cuide da sua pele: dê a ela limpeza, hidratação, nutrição e proteção. Da mesma forma, cuide dos seus cabelos e unhas.
E não se esqueça de tirar um tempo para você, para fazer o que gosta, o que te dá prazer! Não se coloque em segundo plano, pois pode não ter uma segunda chance!
Se jogue na vida, seja alegre, se ame, viva!!! E um feliz Dia das Mulheres, sem se esquecer que todos os dias são seus!!! Um beijo e até a próxima!
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