Professores da rede estadual de Minas Gerais anunciaram, na terça-feira 15 de fevereiro, que vão entrar de greve a partir do próximo dia 8 de março, caso o Governo de Minas não pague o piso da categoria definido por lei. A informação foi confirmada pelo Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais).
A professora Denise Romano, coordenadora-geral do sindicato, explica que até a data marcada para início do movimento grevista serão feitas mobilizações em todo o estado para reivindicar o pagamento o novo piso.
“Aprovámos um indicativo de greve, data de próxima assembleia, para o dia 8 de março. Governo do Estado de Minas Gerais tem até o dia 8 de março para cumprir legislação de Minas Gerais. Nós temos direito ao piso, o piso está na legislação em Minas Gerais e nós não vamos abrir mão do nosso direito. Desde 2017 nosso salário congelado. O governo não praticou nenhum reajuste de piso. Agora encaminha para Assembleia Legislativa um projeto de lei extinguindo cargos na educação, nós estamos chegando no limite. Vamos fazer atividades em todas as regiões do estado para denunciar os desmandos e para denunciar que o governo do estado não cumpre a legislação de Minas Gerais”, afirmou.
Em nota, o Sind-UTE ainda lembrou que foi publicado novo reajuste do piso para o ano de 2022 de 33,24%, por parte do governo federal, mas o governo estadual “insiste em não cumprir a lei e paga aos professores da rede estadual apenas R$ 2.135,64, uma defasagem de mais de 80% nos salários”.
No dia 27 de janeiro, Bolsonaro anunciou o reajuste de 33,23% no piso nacional do magistério. Com isso, o valor mínimo para pagamento salarial para uma jornada de 40 horas dos professores passa de R$ 2.886 para R$ 3.845. O reajuste anunciado pelo governo federal é o maior desde a criação do piso da categoria, em 2008, e impacta mais de 1,7 milhão de profissionais em todo o país, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).
No entanto, o reajuste não é automático. Para ele ser efetivado, é preciso de aprovação legislativa e sanção pelo Executivo.
Fonte: Itatiaia
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