Com objetivo de criar espaços mais seguros para mulheres em momentos de diversão ou trabalho, equipes de bares e restaurantes recebem treinamentos e implementação de protocolos de segurança e, a partir de março, ganham certificação de ambiente livre de assédio.
Realizada na segunda quinzena de fevereiro de 2022 por Johnnie Walker e pela startup Women Friendly, a pesquisa inédita “Bares sem Assédio”, liderada pelo Studio Ideias, traz dados impressionantes sobre a realidade das mulheres que trabalham ou se divertem em bares e restaurantes. A amostra ouviu digitalmente 2.221 mulheres maiores de 18 anos no País. Dessas, 66% afirmam terem sido assediadas em bares, baladas, restaurantes ou casas noturnas. Entre as mulheres que trabalham ou já trabalharam nesses ambientes, o índice sobe para 78%.
Para ajudar a transformar esse cenário, Johnnie Walker, marca de whisky da Diageo – empresa líder na produção de bebidas alcoólicas premium, age em prol do progresso coletivo e coloca nas ruas uma iniciativa inédita que tem como objetivo combater o assédio, criando espaços mais seguros para o público feminino trabalhar e consumir.
Em parceria com a Women Friendly, startup que certifica empresas, bares e festivais como ambientes amigos da mulher, livres de assédio, a partir deste mês, a marca vai custear a certificação de 40 estabelecimentos das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife com o selo Women Friendly, além de oferecer, gratuitamente, capacitação de 1000 profissionais da área que tenham interesse em obter informações sobre como tornar os ambientes mais seguros para as mulheres.
“Johnnie Walker acredita que é preciso dar passos ousados em prol do progresso coletivo. Por isso, iniciamos um movimento antiassédio em bares levando mais conhecimento e educação sobre o tema, por meio da Women Friendly. Hoje 30% dos consumidores de whisky no Brasil são mulheres”, comenta Juliana Ballarin, Diretora de Marketing do Scotch Portfólio para Paraguai, Uruguai e Brasil.
A pesquisa traz dados que merecem atenção. Mais da metade das mulheres entrevistadas (53%) já deixaram de ir a um bar ou balada por medo de assédio. Apenas 8% frequentam regularmente esses ambientes sozinhas. Treze por cento delas nunca se sentem seguras em bares e restaurantes. A sensação de segurança só aumenta quando estão em grupos de amigos e amigas (41% dizem se sentir seguras assim).
Entre as mulheres que vivenciaram situações de assédio nesses locais, 40% relatam que já foram seguradas pelo corpo (braço, cabelo, etc) por não terem dado atenção.
Sobre o assédio vivido, 63% afirmam terem sentido raiva e 49% impotência diante da circunstância. Segundo as entrevistadas, 93% das agressões foram feitas por clientes dos estabelecimentos. A absoluta maioria não denunciou as agressões (89%), dentre elas, 35% nem pensaram em denunciar o assédio, 24% por não saber como, 18% por terem sentido medo e 17% por terem sentido vergonha.
“É necessário agir em prol do progresso coletivo. E garantir às mulheres o direito de se divertir ou trabalhar em segurança é fundamental”, completa Ballarin.
Para viabilizar o movimento de bares sem assédio, , as casas participantes estão recebendo treinamento para capacitar toda a equipe, incluindo os donos dos bares, além da implementação de protocolos de segurança, como o canal de denúncia administrado pela Women Friendly. A partir da conclusão do processo, os bares passam a atuar com o selo Women Friendly , que atesta o ambiente livre de assédio.
“Nosso trabalho consiste em desenhar essa jornada de transformação cultural treinando líderes e funcionários para que saibam identificar, prevenir e intervir diante de situações de assédio. Também garantimos que os canais de denúncia sejam eficientes e acolhedores. Esses são alguns dos requisitos para que as empresas recebam a nossa certificação anual”, comenta Ana Addobbati, cofundadora da startup.
Junto com os bares, a Diageo recebe a certificação Women Friendly tornando-se a primeira empresa de bebidas a ter o selo, o único no mercado a reconhecer as empresas comprometidas com o público feminino a partir do combate ao assédio.
Treinamento e certificado para 1000 profissionais de bares
Para ajudar nessa mudança de comportamento e no , combate ao assédio, Johnnie Walker irá disponibilizar no mês de março 1000 treinamentos para os profissionais da área de bares e entretenimento – bartender, garçons e gestores dos bares -, gratuitamente. Os interessados devem se cadastrar no site www.barsemassedio. O curso é uma imersão online.
Ações em prol de causas femininas – no mesmo período do ano passado, para promover a equidade de gênero, Johnnie Walker adquiriu 1700 livros “Quem tem medo do feminismo negro?”, da filósofa Djamila Ribeiro, integrante do seu time criativo, e distribuiu gratuitamente no The Bar – site oficial Diageo – junto com a venda dos produtos da linha Johnnie Walker – e, também, para uma lista de CEOs responsáveis por decisões importantes em grandes empresas. Além disso, parte do lucro da venda de Johnnie Walker foi destinada para a Casa Preta Hub – instituição fundada por Adriana Barbosa – a fim de incentivar o empreendedorismo de mulheres. A ação vai possibilitou a capacitação de mulheres negras por meio do curso de formação para bartenders do projeto Learning For Life do Instituto Diageo.
Sobre a Women Friendly
Fundada em 2017 pelas empreendedoras Ana Addobbati e Nathália Waldow, a Women Friendly certifica empresas, bares e festivais como ambientes amigo da mulher, comprometidos contra o assédio. Por meio de treinamentos e implementação dos protocolos de segurança, a startup busca criar espaços seguros para o público feminino.
A ideia de criar a Women Friendly veio de uma situação de assédio vivida pela co-fundadora Ana. A partir disso, ela começou a investigar dados e estatísticas sobre o assunto, que se mostravam alarmantes. Por outro lado, percebeu que o combate ao assédio poderia favorecer economicamente as empresas. Com a expertise da sócia Nathália Waldow, advogada empresarial, a startup passou a ter o diferencial de estruturar suas ações, treinamentos e protocolos baseados nas leis e jurisprudências existentes no país.
É a única certificação do mercado que reconhece empresas comprometidas com o público feminino a partir do combate ao assédio.
Processo de certificação
As certificações de empresas e dos estabelecimentos são pautadas por constantes processos de fiscalização e educação. Lideranças e funcionários recebem treinamentos e toda equipe entra em contato com o protocolo de atuação de segurança, com embasamento jurídico, protegendo vítimas, empresas e estabelecimentos.
A Women Friendly oferece ainda auditoria da aplicação das boas práticas e assistência e mediação em caso de conflito com o cliente. Durante o processo, é criado um canal de denúncias e acolhimento adequado às vítimas.
Após todo o processo, a empresa/ estabelecimento é certificado. O selo de ambiente livre de assédios é fixado em diversas áreas dos estabelecimentos envolvidos, com sinalização de onde os clientes e funcionários poderão fazer suas denúncias, com a garantia de um canal seguro.
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