Segundo balanço divulgado em 2022 pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), de janeiro a junho foram registrados mais de 35 mil denúncias de violações de direitos humanos contra pessoas idosas no Brasil e em mais de 87% das denúncias as violações ocorreram na casa onde o idoso residia. Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2011, o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, comemorado em 15 de junho, tem o objetivo de chamar a atenção às diversas formas de denúncia e combate contra as violações aos direitos dos idosos.
De acordo com Janaína Rosa, enfermeira e coordenadora técnica da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas supervisionadas, para os idosos o ambiente familiar representa segurança, confiança e o apoio familiar exerce um papel de conforto emocional. Por isso, é fundamental estimular a afetividade entre todos. “O despreparo de quem exerce o papel de cuidado permanente a pessoa idosa é um dos principais fatores de risco para a violência, seja verbal, física ou psicológica, por exemplo. Pois coloca automaticamente a pessoa idosa em posição de desvalorização, forçando ao alto grau de dependência.”
Esse despreparo pode acarretar malefícios para o idoso, por isso a assistência profissional pode ser a solução. “O cuidador de idosos encarrega-se por atender às necessidades cotidianas da pessoa idosa, viabilizando o exercício das atividades rotineiras como a higiene pessoal, alimentação, gestão dos medicamentos prescritos, acompanhamento em consultas, exames, entre outros. E por estarem a maioria do tempo próximos, o cuidador conhece bem o tipo de comunicação não verbal que pode estar em evidência como, por exemplo, a rejeição para as atividades e o desinteresse na socialização, ou seja, a presença de um cuidador é fundamental na identificação e na prevenção de violações contra integridade do idoso”, completa a enfermeira.
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