Valéria Flores – jornalista e editora.

O Dia Mundial da Juventude, comemorado anualmente todo dia 12 de agosto, é essencial para provocar uma reflexão sobre o papel dos jovens no contexto internacional e debater o que pode ser feito para a criação de um futuro melhor. A data foi idealizada pela ONU em 1998, durante a Conferência Mundial dos Ministros Responsáveis pela Juventude, organizada pelo governo de Portugal e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Seu objetivo era promover o World Programme of Action for Youth to the year 2000 and Beyond, ou, traduzindo para o português, Programa Global de Ação para a Juventude para o Ano 2000 em diante, que visa reforçar o comprometimento da ONU com a juventude e direcionar respostas para os desafios dos jovens do próximo milênio em áreas como educação, fome, drogas e participação efetiva dos jovens na sociedade.

Em 1999, a data foi aprovada e oficializada na Assembleia Geral da ONU. E é cada vez mais claro indubitável que a influência dos jovens no cenário mundial vem se tornando mais evidente. Um grande exemplo é a ativista sueca Greta Thunberg, de apenas 19 anos, que atraiu o olhar internacional após parar de frequentar a escola para reivindicar ações de combate às mudanças climáticas em frente ao parlamento de seu país.

Desde então, Thunberg já participou da Cúpula das Nações Unidas sobre Ação Climática, recebeu indicações para o Prêmio Nobel da Paz e inspirou numerosos outros jovens a se juntarem ao movimento Fridays for Future, que luta ativamente por um futuro climático seguro.

E no Brasil, a própria ONU cria ações para engajar a juventude, por meio de programas de voluntariado. A UNICEF lançou, em 2020, o programa #tmjunicef, com o objetivo de enfrentar fake news relacionadas a pandemia e promover os direitos de crianças e adolescentes.

A recepção do programa foi tão positiva que ele continua até hoje, recrutando anualmente voluntários para atuarem nas áreas de combate às fake news, saúde mental e mudança climática. São feitas oficinas formativas com profissionais da UNICEF, visando formar jovens líderes cientes de seus direitos e amplificadores dos ideais da organização nas redes sociais.

Dessa forma, é visível a multiplicidade de formas em que a juventude mostra sua voz e se insere no cenário internacional contemporâneo, e mesmo que cada indivíduo tenha suas particularidades e diferenças, todos convergem na criação de uma grande corrente de apoio mútuo e união para serem a mudança que querem ver no mundo.

Dedução no IR: Os empresários têm ferramentas para garantir o futuro dos jovens

Se você tem uma empresa, não importa se ela é física ou virtual, certamente precisa pagar alguns impostos ao governo. Pois é! Saiba que você empresário tem como escolher, dentro de algumas boas opções, para onde destinar esse dinheiro não é mesmo e assim, teria a certeza para onde o fruto do seu esforço e os lucros do seu negócio estão indo. O processo chama-se Renúncia Fiscal e as regras dependem de cada município ou estado.

E você não ganha apenas no poder de escolha, os projetos que receberam o seu apoio divulgam a sua marca em diversos eventos, com placas de reconhecimento, sua marca em sites institucionais e outros materiais que ajudam a criar seu marketing empresarial personalizado. E a maior vantagem para a empresa que escolhe investir recursos em projetos sociais está no fato de poder ter uma porcentagem do Imposto de Renda (IR) deduzido.

Assim, o seu recurso que iria para os governos, poderá ser investido diretamente em uma instituição que promove o bem estar de comunidades vulneráveis, principalmente no futuro de crianças e jovens. Isso só é possível para empresas que utilizam o modelo completo de declaração e essas doações têm um limite de valor que varia a cada ano até 2% do imposto devido.

Você também pode optar por doar para apenas uma ou para várias instituições. Porém, doando para uma instituição, o procedimento torna-se mais transparente e fica mais fácil acompanhar todos os programas e projetos. Assim, você saberá exatamente como o seu dinheiro será utilizado.

Não é caridade, é investimento!

Em vez de pensar nas doações de caridade como um custo, pense nelas como um investimento que contribui para diferenciar seu negócio aos olhos de seus funcionários, clientes e toda a rede de relacionamentos de sua organização, inclusive o consumidor final, de seu produto ou serviço. As evidências sugerem que as doações são um meio eficaz de aumentar o desempenho no trabalho, especialmente entre a geração millenials (50 MAIS), que tendem já ter absorvido e colocar em prática, no momento do consumo, uma mentalidade voltada para as causas sociais E os consumidores de hoje se preocupam com o destino de seu dinheiro sim.

Mais de 90% deles esperam que as empresas façam mais do que lucrar, de acordo com pesquisas. Muitos estão até dispostos a pagar mais por um produto socialmente responsável. E ainda, se você tem uma empresa, contribuir com a criação e as ações de Organizações Não Governamentais (ONGs) e programas e projetos sociais, pode ser uma grande oportunidade de diferencial de crescimento para o seu negócio e também para todos os que fazem parte dele. A legislação brasileira é bastante benéfica para empresas que investem em causas e organizações sociais. Para isso, basta apresentar alguns documentos que serão exigidos como pré-requisitos como, certidões negativas de débito junto à Receita Federal e também as de âmbitos estaduais e municipais.

Os incentivos fiscais têm um foco maior em empresas que contribuem para projetos que ajudam crianças, adolescentes, idosos e portadores de necessidades especiais.

Aproximadamente 75% das pequenas empresas doam uma média de 6% de seus lucros para organizações de caridade anualmente, de acordo com o Score, a maior rede do país de mentores de negócios voluntários e especializados. Em comparação com empresas maiores, as pequenas empresas doam 250% a mais para organizações locais sem fins lucrativos e causas comunitárias.