Recebemos este relato do Morador e Radialista José Jorge, confira.

Hoje, quinta-feira, dia 04 de novembro, dia de TBT.
Só que estas fotos não fazem parte do meu arquivo pessoal. São fotos de hoje, que passarão, outrossim, a pertencer ao meu arquivo.
No final do dia, por volta das 17:40 meu telefone toca e do outro lado, minha filha que tinha ido com a mãe numa consulta no centro de Contagem (no Eldorado) me ligava desesperada: _”papai, por favor, vem socorrer a gente. Estou aqui com mamãe, enfrente ao hotel fazenda e restaurante Moinho. O ônibus que a gente estava voltando de Contagem começou a pegar fogo. Desespero total, papai. Muito cheio. As pessoas todas querendo descer ao mesmo tempo. Uma loucura. Quase pisando umas nas outras. Socorro, papai!”
Filha, me espere aí com sua mãe. Não saiam daí. Estou chegando!
Encerramos o diálogo e parti em busca do meu bem mais precioso!
Durante a minha ida, chegando próximo do restaurante Matão, dois ônibus parados e muita gente atravessando a pista, buscando por carona e proteção. Passei direto e nem prestei muita atenção.
Bem, cheguei onde minha filha e a mãe esperavam, aproveitei pra dar carona pra duas pessoas, dentre tantas amigas que estavam lá e vim embora. Os ônibus ainda estavam parados próximo ao Matão. Parei em segurança no acostamento e me dirigi ao motorista e perguntei o que havia acontecido ao que me respondeu: _”acabou a água. Esquentou. Ferveu!”.

Ainda preciso acrescentar que em conversa no primeiro episódio com o motorista, ele assustado e preocupado com os passageiros, que com muito custo conseguiu chegar até a praça de Caracóis pra esperar por socorro, me disse não saber o que de fato aconteceu. Sabia apenas que o carro deu sinal de falta de freios e começou a sair uma fumaça escura e densa o que fez todos os passageiros ficarem muito assustados e entrar em desespero dentro do veículo. Eu sei que o motorista não é o culpado. Eles estão sobrecarregados e são obrigados a cumprir agendas, mesmo que os ônibus não ofereçam a segurança necessária. Estão entre a cruz e a espada: se não cumprem as agendas são dispensados e se dispensados como manterão suas famílias?
Narro este fato para tornar público mais uma vez o tamanho do desrespeito das empresas responsáveis pelo transporte coletivo (público) do trabalhador Esmeraldense.

Estamos largados as traças, como diz a música do Zé Neto e Cristiano.
No mesmo dia, três carros da mesma empresa, parados na margem da via MG808 pelo mesmo motivo!
Até quando isso vai continuar assim?

Quero acrescentar que nesta mesma data, foi exibida na TV Globo, no quadro MG MÓVEL reportagem feita neste município, pela 10° vez, na rua México, no bairro Recanto Verde, onde o povo cobra por respeito aos seus direitos e melhorias. A obra tão sonhada não aconteceu. Nenhum agente da prefeitura atendeu a reportagem. Prova de que o povo, de fato, está só. Se as autoridades não se apresentam para dar explicações sobre ações de sua responsabilidade, com qual autoridade vai cobrar atitude de empresas parceiras?

O povo está só! O povo sofre só!! O povo morre a cada só!
O povo não ficará só em anos de eleições, mais o povo continuará só nos dias das suas aflições!
Meu Deus, peço a Ti, pai, não nos desampare! Tu és nossa única esperança! Em Ti nós podemos confiar! Não morremos ainda, por causa de Vós!
O povo está só!

Em tempo: hoje também, pela quarta vez, a prefeitura municipal deu início a um reparo no asfalto na entrada da cidade. Nosso cartão de visitas.

Parece minissérie de uma TV aí: pagamentos secretos.

José Jorge