As redes sociais se transformaram no canal de exibição do que as pessoas têm de pior. Radicais (e imbecis em geral) pensam serem dotados de inteligência e perspicácia acima dos demais – principalmente daqueles que creem em outros valores. Arrogantes, acham-se no direito de mudar à força a opinião dos amigos, parentes, colegas de trabalho, vizinhos, a faxineira, o porteiro. São raciocínios aparentemente elaborados, às vezes repletos de justificativas intelectuais, citações acadêmicas, premonições, previsões catastróficas. Porém, o final do discurso sempre revela as entranhas da erudição: o cara não é isento; é tudo máscara.
A pandemia poderá funcionar nesse sentido. Além de fazer com que as pessoas se voltem para dentro de si, que esta fase também sirva para abrandar certos exageros e irresponsabilidades, levando os brasileiros a pensarem mais no Brasil e menos em picuinhas.
Por Marcos Maracanã
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