No ano do Bicentenário da Independência do Brasil, Minas recebe os manuscritos dos quatro mais importantes hinos brasileiros: da Independência, Nacional, da Bandeira e da Proclamação da República.

Todo esse acervo ficará em exposição inédita, a partir de terça-feira, 26 de abril no Palácio da Liberdade. Também integram exposição “Já Raiou a Liberdade: Hinos do Brasil” composições históricas, como o Hino da Feliz Aclamação de D. João VI e a Estrela do Brasil.

“Se nós imaginarmos que estamos diante dos originais do hino nacional que a letra mudou, mas a música permanece a mesma. E a música primeira é esse manuscrito que está conosco aqui hoje, sobretudo nessa semana da inconfidência mineira, há dois dias do dia de Tiradentes, realmente é uma emoção”, disse o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. “Isso só reforça o papel, o protagonismo de Minas Gerais na história do país”, completou.

Arquivados na Biblioteca da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na capital fluminense, os manuscritos originais deixaram pela primeira vez o edifício centenário da Rua do Passeio, na manhã de terça-feira, 19 de abril, e foram escoltados pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), até o Arquivo Público Mineiro (APM).

Em seguida, serão encaminhados ao Palácio da Liberdade, onde ficarão expostos até 7 de setembro. Em seguida, os documentos serão restaurados e encaminhados para Brasília.

A tenente da Polícia Militar Jeanina participou da equipe que buscou as partituras no Rio de Janeiro.

“Foi uma experiência maravilhosa e tenho um carinho especial em fazer esse trabalho porque sou musicista. Estou me sentindo muito honrada e gratificada por estar aqui e participar desse trabalho, dessa missão importante de buscar um símbolo para nossa nação”, falou a tenente.

O cantor Rogério Flausino também esteve no Arquivo Público Mineiro na tarde de hoje e se disse honrado em participar de um momento tão importante. “Estou muito feliz de estar aqui hoje participando desse momento da chegada desses documentos tão raros. Isso representa muito da nossa história”, concluiu.

A iniciativa que abre as comemorações do Bicentenário da Independência é organizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) em parceria com o programa Arte de Toda Gente, da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com curadoria de sua Escola de Música.

Os hinos foram recebidos ao som do Conjunto de Sopros da Polícia Militar de Minas Gerais.