O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu prorrogar a isenção de tributos federais sobre os combustíveis (PIS/Cofins e Cide) e assinou, uma Medida Provisória (MP) que renovou a renúncia fiscal sobre a gasolina por dois meses. Sobre o diesel e o gás de cozinha, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que a desoneração será por tempo indeterminado.

Essa realidade, porém, mudou nas últimas semanas. Devido à instabilidade no cenário internacional, o preço do petróleo voltou a subir, de forma a pressionar a Petrobras, que, ainda assim, evitou reajustes. Conforme o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), na terça-feira anterior à eleição, a gasolina da estatal estava 12 27% (ou R$ 0,46 por litro) mais barata do que os preços internacionais, e o diesel, 14,13% (ou R$ 0,80 por litro). Mesmo sem reajustes nas refinarias, a pressão inflacionária levou a aumentos no preço dos combustíveis nos postos.

As medidas foram adotadas em 2022 pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e venceriam no sábado (31), véspera da posse presidencial.

Mesmo com a Petrobras mantendo congelado há 60 dias o preço do combustível para as refinarias, o preço da gasolina continua subindo nos postos de abastecimento, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana de 23 a 29 de outubro, o combustível teve alta de 0,6%, com preço médio em todo o país de R$ 4,91 por litro, ainda se mantendo abaixo dos R$ 5.

O preço máximo de revenda encontrado pela ANP foi de R$ 7,34 por litro e o mais baixo, de R$ 3,49 por litro. Já o preço do diesel S10 caiu 0,6%, para uma média de R$ 6,68, com o valor mais alto atingindo R$ 8,49 e o mais baixo, R$ 5,96 por litro.
Fonte: Itatiaia