Um menino solitário que não consegue mais enxergar a felicidade é convidado por uma ‘mensageira das estrelas’ a voltar o olhar para dentro de si, a fim de entender que há coisas na vida que não podem ser vistas, apenas sentidas. Conduzido pela mensageira, o menino se transforma no jovem Fabiandro, um pescador apaixonado por uma estrela, apesar de nunca tê-la visto. Os dois, pescador e estrela se encontram todas as noites à beira da praia, onde cantam, dançam e se divertem juntos. Ele na terra e ela no céu. Um dia, porém, a estrela desaparece. Decidido a reencontrá-la, ele parte em uma jornada rumo ao céu. Esse é o enredo de “O Pescador e a Estrela”, musical infanto juvenil que estreou semana passada, no CCBB Belo Horizonte, e fica em cartaz até 24 de janeiro.

As apresentações serão de sexta à segunda-feira, sempre às 16h.

“A saudade é um sentimento muito silencioso no coração de uma criança e precisamos falar sobre isso. Inventamos um espetáculo que olha para o que sente essa criança e que a escute. A música nos guia, em movimentos circulares, através do imaginário de um menino que precisa inventar uma cidade, descortinar os seus véus e viver uma perigosa aventura, para ver o que sente”, diz Karen Acioly, diretora artística do espetáculo.

Para Lucas Drummond e Thiago Marinho, autores da peça, o espetáculo traz uma mensagem de esperança, superação e fala sobre um reencontro com o que perdemos. “Nós perdemos muito nos últimos tempos: amigos, familiares, amores. É como se uma luz em nós tivesse se perdido também, assim como a estrela do Fabiandro. Através deste espetáculo original e brasileiro, nós queremos inspirar o público a reencontrar essa alegria, esse brilho dentro de si, porque acreditamos que é isso que a arte e a cultura fazem. O Pescador e a Estrela mostra que sempre há caminhos para não deixarmos essa luz se apagar, por mais difíceis que sejam de enxergar”, ressaltam.

A direção de movimento é da atriz e bailarina Moira Braga, também deficiente visual. “Participar de um projeto novo e com essa qualidade de afetos e de talentos, com uma configuração artística que foca na acessibilidade e inclusão, é um presente. Eu me sinto muito honrada de poder atuar onde meu trabalho é reconhecido”, celebra Moira.

Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos pelo site bb.com.br/cultura

A lotação do Teatro I é de 262 pessoas e o espaço está funcionando com a capacidade máxima, de acordo com os protocolos sanitários vigentes.

Fonte: SOU BH