Copasa divulgou, em agosto deste ano, o resultado financeiro do segundo trimestre de 2021. A companhia registrou um lucro líquido de mais de 237 milhões de reais. Esse “excelente” resultado financeiro, entretanto, foi obtido às custas de milhares de famílias que pagam suas faturas rigorosamente em dia, mas que sofrem constantemente com falta de fornecimento de água. Além das falhas no abastecimento, a população ainda tem que suportar o descaso no atendimento, falta de aviso das interrupções do fornecimento, erros nas faturas com valores abusivos e também os inúmeros desperdícios de água potável em vazamentos. Não suportando a situação, mais uma vez, vários moradores se reuniram, na praça do bairro São Pedro, para tentar buscar soluções para o problema.

Na ocasião, alertei todos os presentes sobre a decisão judicial do processo 5002614-11.2020.8.13.0241 que obriga a Copasa a restabelecer a água ou a disponibilizar caminhão-pipa na residência do consumidor, em até 24 horas após a reclamação. Foi iniciada ali uma campanha para informar ao Ministério Público a respeito da desobediência da Copasa em fornecer os caminhões-pipa.

A população abraçou a ideia. A mensagem foi compartilhada e diversos moradores entraram em contato com a Promotoria de Esmeraldas/MG por e-mail. A referida reunião ocorreu no dia 19 de setembro. Já nos dias 23 e 27 de setembro, o Ministério Público apresentou ao juiz as reclamações dos moradores. No dia 03 de outubro, a justiça determinou a comprovação do cumprimento da liminar pela Copasa, sob pena de aplicação da multa. A Copasa tem demonstrado claramente que seu objetivo é lucrar a todo custo. Diante disso, a aplicação de multas, talvez seja a forma mais eficiente de se exigir uma prestação de serviço adequada, pois afeta aquilo que a companhia mais valoriza: o dinheiro.

Colunista: Dr. Wanderson Lima