Quatro dias de pura folia, agitação, bloquinhos, trio elétrico e muito mais. Tudo isso regado a muita bebedeira e uso de diversas substâncias ilícitas. Falando de um lado do Carnaval que não recebe a devida atenção da mídia, destaca-se a vida daqueles que desempenham funções essenciais, como os plantonistas, médicos, enfermeiros, porteiros e tantos outros. Nestes dias de folia, eles estão comprometidos em cumprir suas obrigações profissionais.
Esses profissionais enfrentam diversos desafios, como o deslocamento para o trabalho em Belo Horizonte, por exemplo, onde o trânsito é desviado e os itinerários, que eram curtos, tornam-se significativamente longos. Além disso, as rotas dos trabalhadores são alteradas, e os serviços essenciais, como as ambulâncias, são sobrecarregados devido à violência e ao consumo excessivo de álcool durante o Carnaval.
Surge a dúvida: vale realmente a pena enfrentar todos esses transtornos? Seria o momento de considerar a construção de um local específico para o Carnaval, como o sambódromo em São Paulo e no Rio de Janeiro?
Outra questão relevante: os lugares escolhidos para o Carnaval são os mais adequados?
Enquanto a grande mídia concentra-se na folia, essas perguntas ficam sem respostas, e os trabalhadores essenciais continuam com suas rotinas alteradas, sem o direito de chegar ao seu destino com conforto e segurança. Sem contar os hospitais, que recebem um aumento nas chamadas relacionadas à violência e ao consumo excessivo de álcool e drogas.
“Como o carnaval de BH a cada ano vem crescendo, não seria hora de buscar a construção de um lugar específico com a construção de um sambódromo, como em São Paulo e Rio de Janeiro?”
Além disso, há o transtorno da volta para casa, com longas esperas nos pontos de ônibus, já que são poucos para a quantidade de pessoas. Algumas pessoas alteradas pelos efeitos do álcool, juntamente com os trabalhadores cansados de um dia exaustivo, muitas vezes o que seria uma viagem tranquila torna-se em um transtorno. Isso ocorre porque precisam fazer o trajeto para casa em pé no ônibus lotado, tornando a viagem mais cansativa do que é habitualmente
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