Espetáculo abre temporada que inclui quatro séries de concertos, com entradas gratuitas e a preços populares; um dos destaques é a série Artes e Cordas, que substitui a antiga Sempre às Quartas e fará homenagens a Gal Costa e Milton Nascimento
A Orquestra Sesiminas abre neste mês a temporada de concertos com entradas gratuitas e a preços populares, que prossegue até outubro, em Belo Horizonte, São quatro séries de concertos _ Artes e Cordas, Promenade, Música no Museu e Concertos Didáticos _ que confirmam o caráter inclusivo da Orquestra Sesiminas, construída ao redor de um público de idades e classes sociais diversas. A organização se destaca por entender o papel da música não só como cultura e diversão, mas como educação. Uma orquestra que se preocupa em (in)formar o público para democratizar a música de orquestra, seja erudita ou popular.
O tema deste ano é “Para todos os momentos”. Cada uma das séries de concertos é voltada para um público diferente, com horários distintos e repertório plural. A ideia é mostrar que assistir ao espetáculo de uma orquestra não é só para momentos únicos, como uma noite formal no teatro. Pelo contrário, o concerto pode ser um bom motivo para reunir a família, com as crianças, em uma agradável manhã de domingo; para um encontro a dois, embalado pela trilha romântica, ou, quem sabe, até mesmo para ampliar conhecimentos sobre música de todos os gêneros.
Uma das novidades da Orquestra Sesiminas neste ano é a série Artes e Cordas, que substitui a antiga série Sempre às Quartas, iniciada em 2016. Os concertos da nova série serão sempre às quintas-feiras, com repertório de músicas que vão do clássico ao popular, incluindo homenagem ao grande compositor russo Tchaikovsky (1840-1893) e a duas grandes estrelas da MPB, Milton Nascimento e Gal Costa. “O Artes e Cordas fará todos os tipos de diálogos que possam existir entre uma orquestra de cordas e as mais diversas manifestações artísticas, de cunho erudito ou popular. Podem ser até relações com textos, com poemas. A gente já utilizou leituras de poemas nos nossos concertos”, cita o maestro Felipe Magalhães.
Para manhãs de domingo em família, a Orquestra traz a série Promenade, que apresenta um repertório eclético, incluindo um Cine Concerto com trilhas de cinema e um especial para as crianças, com músicas do álbum “Arca de Noé” de Vinícius de Moraes.
Já a série Concertos didáticos tem como diferencial o fato de o maestro, além de reger os músicos, falar à plateia sobre temas ligados à orquestra, história da música e a vida dos compositores. Os espetáculos dessas três primeiras séries acontecem no Teatro Sesiminas BH. Já a Série Música no Museu, como o próprio nome diz, concentra as apresentações no Museu de Artes e Ofícios.
O primeiro espetáculo da temporada será no dia 12 de fevereiro, domingo, às 11 horas, quando a orquestra apresentará o cine concerto “O Garoto, de Chaplin”, no Teatro do Centro Cultural Sesiminas, dentro da série Promenade. A orquestra promete encantar a plateia com projeção do clássico filme chapliniano, acompanhada da trilha sonora totalmente recriada e executada ao vivo pela Orquestra Sesiminas.
Confira a seguir sobre todas as séries e fique ligado no site para informações das datas de cada concerto:
Série Promenade
A palavra “promenade” é de origem francesa e significa passeio. A ideia de passeio está ligada à ideia do dia e horário dos concertos da série: aos domingos às 11h. O público alvo são famílias, adultos, jovens e crianças. Os concertos serão gratuitos. O repertório é eclético e variado, mesclando músicas eruditas e populares no mesmo evento. Os concertos são temáticos, com comentários do maestro acerca do repertório. Exemplos de temas: “Músicas do mundo”, “Brasilidades”, “Música e literatura” e “Música e Dança”.
Os concertos acontecem no Teatro SESIMINAS BH e os ingressos custam R$40,00 (quarenta reais) a inteira e R$20,00 (vinte reais) a meia entrada.
Série Música no Museu
O título se explica pelo fato de os concertos acontecem sempre no Museu de Artes e Ofícios. Diferentemente da série Promenade, que se destina a um público mais familiar (com crianças inclusive), a Série Música no Museu se destina mais a adultos. Também em oposição à Promenade, a Série Música no Museu busca um ambiente um pouco mais formal. O repertório pode ser erudito ou popular, mas sem mesclar os dois gêneros no mesmo evento, como no caso da Promenade. No lugar de concertos temáticos, serão as obras ou os compositores executados que irão servir de cartaz para atrair o público. Exemplos: “Concerto em Lá Menor, de J. S. Bach” ou “Tom Jobim”. Isso não significa que iremos nos restringir à obra ou ao compositor citado, apenas que eles serão os principais executados na noite. O restante do repertório irá dialogar com a obra ou o compositor citado no nome do evento.
Os concertos são gratuitos e acontecem no SESI Museu de Artes e Ofícios – MAO.
Série Artes e Cordas
A Série Artes Cordas é a principal série de concertos da Orquestra Sesiminas. Ela vem substituir a antiga série Sempre às Quartas, que foi iniciada em 2016, e que consistia em concertos que privilegiavam o repertório erudito e que trazia sempre solistas convidados. A nova série acontece às quintas-feiras e se divide em 4 eventos eruditos (em formato de concerto) e 4 eventos populares (3 em formato de show e 1 com exibição de filmes com trilha sonora executada ao vivo).
Os concertos têm duração de até 100 minutos e acontecem no Teatro SESIMINAS BH.
Os ingressos custam R$40,00 (quarenta reais) a inteira e R$20,00 (vinte reais) a meia entrada.
Série Concertos didáticos
Com repertório eclético e variado, dando-se preferência para o popular ou obras eruditas de fácil assimilação. Com explicações do maestro acerca de vários assuntos, tais como: a estrutura da orquestra, as funções do maestro, história da música, a vida dos compositores, estilos de época, apreciação musical etc. Os concertos didáticos são destinados sobretudo a estudantes, através de parceiras com escolas, mas também a adultos.
Os concertos são gratuitos e acontecem no Teatro SESIMINAS BH.
As datas serão divulgadas ao longo do ano.
Sobre a ORQUESTRA SESIMINAS
Por iniciativa pioneira de Nansen Araújo, presidente da FIEMG à época, nasce em 1986 a Orquestra de Câmara SESIMINAS, com o objetivo maior de garantir ao trabalhador da indústria mineira e a seus dependentes o acesso à música orquestral de qualidade. Sob a direção artística do Maestro Marco Antônio Maia Drumond, a Orquestra sempre prezou, desde o início, pela qualidade técnica de seus músicos. Junto a essa preocupação técnica, empreendeu-se um incansável trabalho de formação de público dentro de indústrias e escolas, através de concertos de caráter didático e concertos comentados, com uma escolha de repertório cuidadosamente feita no sentido de aproximar o público à música orquestral de câmara. Durante seus mais de 35 anos de história, a Orquestra SESIMINAS já conta com mais de 1.100 concertos, realizados em pátios de fábrica, canteiros de obras, espaços públicos, hospitais, escolas, além das melhores salas de concerto da capital e de todo o Estado de Minas Gerais.
O alto nível técnico, aliado à preocupação na aproximação com o público, fizeram da Orquestra um dos grupos mais versáteis do país, atuando de maneira efetiva tanto no âmbito da música erudita, quanto popular. A excelência e seriedade profissional do grupo, sempre comandado pelo Maestro Marco Antônio Maia Drumond, foram ressaltadas pelo maestro Edino Krieger, os violinistas Cláudio Cruz e Paulo Bosísio, o violoncelista Antonio Meneses e o pianista Nelson Freire. O sucesso e o respeito conquistados no âmbito da música erudita levaram à criação, em 2016, da Série de Concertos Sempre às Quartas. Por ela, passaram os mais renomados músicos brasileiros, como Antônio Meneses, Arthur Moreira Lima, duo Assad, João Carlos Martins entre outros. Também não faltaram estrelas internacionais como o harpista Sacha Boldachev e o saxofonista Sergey Kolosov (ambos russos) o pianista ítalo-francês Gabriel Gorog, o regente polonês Jaroslaw Lipke e o Trio coreano Kim.
No campo popular, a Orquestra Sesiminas atuou ao lado de Milton Nascimento, Diogo Nogueira, Vander Lee, Maria Gadu, Skank, Jota Quest, Mônica Salmaso entre outros. Participou de turnês nas principais cidades do Estado com Flávio Venturine e as bandas Skank e Jota Quest. A Orquestra tem quatro álbuns gravados: Aquarelas (1996), Sortilégios da Lua (1999), Alma Brasileira (2004) e Orquestra de Câmara SESIMINAS e Jota Quest ao vivo (2015). Por essa longa trajetória de sucesso, a Orquestra SESIMINAS é hoje o mais tradicional grupo orquestral de câmara de Minas Gerais, e um dos mais importantes e respeitados do país, sempre aliando versatilidade a excelência artística.
Desde 2020, a Orquestra SESIMINAS tem a regência titular e direção artística de Felipe Magalhães.
FELIPE MAGALHÃES – maestro
Felipe Magalhães iniciou seus estudos de piano aos 9 anos de idade, na Fundação de Educação Artística, em Belo Horizonte. Lá estudou também percepção musical, solfejo e contraponto. Em 2008 graduou-se bacharel em regência pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2009, transferiu-se para a França, onde obteve, em 2011, o “Diploma Superior de Regência Orquestral” da École Normale de Musique de Paris, sob direção de Dominique Rouits e Julien Masmondet. Foi agraciado com a bolsa de estudos do Centre International Nadia et Lili Boulanger, instituição francesa que ajuda estudantes, em música, estrangeiros que se destacam no país. Em seguida, iniciou mestrado em musicologia pela Université Sorbonne Paris IV, obtendo o diploma em 2013 com a menção máxima: “très bien”. Felipe Magalhães foi regente titular do Coral da Escola de Belas Artes da UFMG, do Coral Vozes do Campus e dos Corais Juvenil e Adulto do Instituto Cultural Inhotim, entre outros. Atualmente, Felipe Magalhães é diretor artístico e regente titular da Orquestra Sesiminas, do Madrigal Renascentista e do Coral Acordos e Acordes.
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