O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PV), recebeu deputados e lideranças sindicais ligadas às forças de segurança no Estado após manifestação da categoria na manhã desta segunda-feira segunda-feira 21 de fevereiro.
Os representantes apresentaram a ele um documento em que se posicionam contra o Regime de Recuperação Fiscal. A principal pauta da segurança é a recomposição de 24% que foi proposta pelo governador Romeu Zema (Novo) no fim de 2019, mas vetada por ele próprio após ter sido aprovada no Legislativo.
Para Agostinho Patrus (PV), falta ao governo Zema uma característica tradicional da política mineira: a abertura ao diálogo, tanto para discutir a recomposição salarial, quanto para tratar do Regime de Recuperação Fiscal, que os manifestantes são contrários .
“Eu sinto que Minas, que sempre foi do diálogo e exemplo para o Brasil, vive hoje um momento triste em que não há diálogo”, afirmou.
“Aqui [na ALMG] o diálogo está sempre aberto. Ouvir cada um é um dever. Buscar uma solução em conjunto também. Fiz questão de recebê-los no Salão Nobre, diante dos nossos ex-presidentes, para dizer a vocês: aqui vocês são recebidos com todas as honras e o maior respeito. Estamos juntos para buscar com tranquilidade e com ordem uma solução que é necessária”, acrescentou o presidente do Legislativo mineiro.
Após a reunião, somente o deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT) falou com a imprensa. “Viemos aqui porque o poder Executivo insiste em chantagear o conjunto dos servidores dizendo que a única condição de fazer recomposição é aprovar o RRF e nos faz de bucha de canhão contra a ALMG”, afirmou ele, que acrescentou que a categoria não vai “se prestar a esse papel”.
Gonzaga declarou também que, apesar das tentativas para o governo abrisse uma negociação em torno da recomposição, não houve nenhuma proposta. “Concretamente houve uma reunião na quarta-feira (16) [e o governo disse] o que ele já falou na imprensa: se aprovar o regime, nós vamos fazer a recomposição anual [de 10%]. Mas a recomposição anual não resolve o problema, porque ele negociou conosco [uma recomposição maior, os 24% conforme acordo de 2019]”, afirmou o deputado.
Em nota divulgada pela manhã, o governo Zema disse que mantém o diálogo aberto com os representantes da segurança pública e que sabe da necessidade da recomposição salarial para o funcionalismo público, mas disse que isso será possível a partir do ingresso no Regime de Recuperação Fiscal.
Também estiveram presentes na reunião na ALMG os deputados federais Welinton Prado (Pros) e Cabo Júnio Amaral (PSL) e os deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB), Delegado Heli Grilo (PSL), Delegada Sheila (PSL) e Coronel Sandro (PSL).
Fonte: O Tempo
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