Mãe, esposa, empreendedora, professora de Artes, cantora lírica e estudante de canto crossover, Luiza Gabrielle é uma artista multifacetada que transita entre a música, a educação e a comunicação. Com uma trajetória marcada pela conexão entre diferentes formas de expressão artística, ela é a criadora do Grupo Musical Cantando Amor e fundadora do Espaço Livre Aquarelar, além de ser apresentadora do programa de rádio “Cantando Amor e Contando Histórias”.
Nascida em Belo Horizonte e criada em Ribeirão das Neves, Luiza desenvolveu sua paixão pela Arte desde a infância. Sua voz potente e doce chamava atenção da vizinhança, antecipando a carreira que viria a trilhar. Sua jornada teve início na Casa de Cultura do bairro Veneza e foi consolidada com estudos no Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. Com formação acadêmica em música, administração e jornalismo, Luiza alia conhecimento técnico e sensibilidade artística em sua atuação profissional.
Com um repertório que vai do erudito ao popular, Luiza Gabrielle emociona o público ao interpretar a dor e a delícia de ser mulher, trazendo canções consagradas da Música Popular Brasileira. Seu trabalho é marcado pela abordagem inovadora, conectando música e artes visuais, repertórios e cronogramas, presença afetiva e digital. No palco, a artista encanta com sua voz expressiva e sua capacidade de criar pontes entre diferentes formas de arte. Em seu programa de rádio, Luiza leva histórias e canções que tocam a alma do ouvinte, reafirmando o papel da arte como ferramenta de transformação social.
Compromisso com a Cultura e a Educação
Além de sua atuação como cantora e comunicadora, Luiza Gabrielle dedica-se à educação musical. Seu compromisso com a formação de novos talentos e a valorização da cultura a levou a criar espaços que promovem a expressão artística e o desenvolvimento pessoal por meio da música. Com experiência em produção musical, gestão cultural e apresentação de eventos, Luiza segue construindo uma carreira sólida, baseada no amor pela arte e no desejo de compartilhar sua voz com o mundo. Seu trabalho inspira e transforma, levando beleza e reflexão a todos que têm o privilégio de ouvi-la.
Sua trajetória artística começou ainda na infância. Como foi o momento em que você viu que a música seria seu caminho profissional?
Desde criança queria muito ser cantora, e me faltava o como fazer. Aos 15 anos, tive oportunidade de participar de um coral, no qual o maestro me disse “Você pode ser uma cantora profissional! Você quer?” Esse maestro era um profissional de renome mundial – Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca. Eu não tinha noção de quem ele era, disse sim, sem hesitar. E daí em diante fui estudar música, canto, regência, conhecer um lado do fazer arte de forma profissional, consciente e presente. Estudei no Cefart, cursando canto lírico, depois outros cursos livres e masterclass de canto lírico, popular, drivers, laboratório e vivências de produção de eventos. Estudos com professores e profissionais de performance artísticas: Neide Thomas, Marília Vargas, Sergio Anders, Fausto Caetano, Liz Xavier, Ariel Coelho, Raquel Coutinho, Gilberto Chaves, Marcelo Veronez, e por último Fabiana Cozza. Todos profissionais da voz de diferentes estilos, busco trazer para o treinamento de voz diferentes técnicas e formas de trabalhar o fortalecimento e projeção da voz.
Você transita entre diferentes estilos musicais, do erudito ao popular. Como essa descoberta influenciou seu trabalho e suas apresentações?
Quando comecei os estudos de canto lírico, fixei muito o olhar na música clássica. Ao me apresentar, percebia que as pessoas ouviam por curiosidade, já que era algo diferente do meio em que eu circulava, mas não era um gênero que consumissem frequentemente. Como artistas, buscamos estar onde o povo está e, muitas vezes, nos adaptamos ao estilo que desejam ouvir. Assim, percebi que, com a técnica lírica, poderia trabalhar o cancioneiro com projeção vocal mais apurada, utilizando os recursos que já dominava. Com o passar do tempo, precisei buscar novos recursos, e foi nos estudos de canto contemporâneo e nos ajustes vocais que encontrei soluções para performances cada vez mais elaboradas. Hoje, tenho um repertório mais voltado para o popular, no qual entrego uma interpretação mais próxima da realidade do local onde habito, sem abrir mão do que acumulei ao longo dos anos de dedicação aos estudos.
Além da música, você também atua na educação e na gestão cultural. Como essas áreas se complementam na sua carreira?
A cabeça do artista precisa estar no presente, no cotidiano, junto das pessoas, para construir conexão, uma linguagem que traduza a mensagem. A educação e a gestão cultural ajudam a construir essa ponte, pois colocam em contato com pessoas de diferentes faixas etárias, realidades e perspectivas. Na sala de aula, aprendo a escutar, a adaptar meios e formatos para que a arte faça sentido em cada contexto. Como gestora, entendo os mecanismos que tornam a cultura acessível e viva. Essas experiências dialogam com a minha experiência musical: trazem urgências, questionamentos e cores que eu talvez não enxergasse apenas no palco. A educação me desafia a simplificar sem empobrecer, a gestão me ensina a organizar ideias sem perder a essência. Juntas, elas alimentam meu fazer artístico de responsabilidade e pertencimento. Não se trata só de criar, mas de garantir que a criação dialogue, inclua e transforme — e isso só é possível quando ampliamos os territórios para além da música.
Que lindo assistir o sucesso dessa minha amiga, colega de faculdade de jornalismo. Uma pessoa que desponta positivamente em tudo que ela se propõe a fazer. Meus parabéns