O grito por oportunidades em Esmeraldas, quero trazer à luz a uma realidade incômoda que permeia os anseios e desafios da juventude e dos trabalhadores de nossa cidade, em um contexto marcado pela ausência de estruturas educacionais e de políticas públicas eficazes, os habitantes se veem diante de obstáculos significativos em suas jornadas de crescimento pessoal e profissional.
A falta de instituições de ensino técnico e de faculdades acessíveis localmente obriga muitos jovens a buscar oportunidades em outras localidades, enfrentando não apenas a distância, mas também os altos custos de transporte, mesmo aqueles que conseguem bolsas integrais se encontram limitados pela realidade financeira que impõe um peso considerável em seus bolsos. Os dados recentes do IBGE revelam um crescimento populacional 43,38% em comparação com o Censo de 2010.
No entanto, esse aumento não é acompanhado por políticas públicas robustas que sustentem esse desenvolvimento. O resultado é um cenário onde o crescimento da cidade contrasta com a escassez de ações concretas em prol da educação e do futuro profissional de seus habitantes. A expressão “Ah, se eu pudesse e meu dinheiro desse” ecoa como um lamento coletivo pela falta de oportunidades, pela inação dos agentes políticos locais em implementar medidas imediatas que abordem essa problemática.
A ausência de cursos técnicos, a escassez de empresas que ofereçam o primeiro emprego e a falta de um passe livre para estudantes se tornam barreiras intransponíveis para muitos, o peso dos custos de transporte não afeta apenas os estudantes, mas também os trabalhadores, que enfrentam diariamente a difícil rotina de deslocamento.
A preferência por contratar mão de obra local, muitas vezes menos qualificada, em detrimento de profissionais capacitados que residem em Esmeraldas, reflete a complexidade desse cenário, a infraestrutura deficiente, especialmente no que diz respeito ao transporte público, agrava ainda mais essa situação.
A dependência da BR-040 e a necessidade de sair muito cedo para evitar contratempos devido a acidentes ou distâncias ressaltam a urgência de se buscar soluções para mitigar os impactos negativos sobre a formação educacional e o desenvolvimento profissional dos cidadãos.
“Ah, se eu pudesse e meu dinheiro desse” ressoa como um chamado à ação, um alerta para a necessidade de se encontrar meios que proporcionem dignidade e oportunidades reais aos jovens e trabalhadores de nossa cidade, é fundamental que as políticas públicas estejam alinhadas com as demandas da comunidade, oferecendo alternativas viáveis que reduzam as barreiras ao acesso à educação e ao mercado de trabalho, seja por meio de instituições locais de qualidade, de incentivos para a instalação de empresas ou da implementação do passe livre para estudantes. Só assim poderemos vislumbrar um futuro mais promissor e equitativo para todos.
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